Homes Imprudentemente Poeticos : Valter Hugo Mae, Valter Hugo Mae
Num japão antigo o artesão itaro e o oleiro saburo vivem uma vizinhança inimiga que, em avanços e recuos, lhes muda as prioridades e, sobretudo, a capacidade de se manterem boa gente. a inimizade, contudo, é coisa pequena diante da miséria comum e do destino. conscientes da exuberância da natureza e da falha da sorte, o homem que faz leques e o homem que faz taças medem a sensatez e, sobretudo, os modos incondicionais de amarem suas distintas mulheres. valter hugo mãe prossegue a sua poética ímpar. uma humaníssima visão do mundo. uma luminosa parábola que fica a reverberar muito tempo depois. josé tolentino mendonça as fascinantes personagens deste romance vivem num japão que é ao mesmo tempo mitológico e íntimo, criado pela imaginação prodigiosa e profundamente poética do autor. richard zimler pasmo com a facilidade com que valter hugo mãe transmuta a língua portuguesa (e não me refiro apenas a o remorso de baltazar serapião), como lhe imprime uma elasticidade de que a julgávamos desprovida, encontrando-lhe novos ritmos, inventando-lhe novas imagens, produzindo-lhe toda uma outra semântica. adolfo luxúria canibal
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