um romance que parte da vida da lendária catarina eufémia para reflectir sobre a história recente de portugal. no epicentro da crise financeira em portugal, um jornalista demasiado ambicioso decide provar ao seu editor - raul cinzas, o inveterado comunista que os leitores de tordo conhecerão de biografia involuntária dos amantes - que é capaz de muito mais do que ser um mero repórter. aproveitando a entrevista a um biógrafo de um mártir religioso, o jornalista faz uma analogia com a história de catarina eufémia, a camponesa assassinada, em 1954, por um tenente da gnr a mando da pide. Ícone da esquerda revolucionária, catarina eufémia é uma figura envolta em mistério e objecto de exaltação, mais de cinquenta anos após a sua morte. os ânimos estão inflamados pela contestação à austeridade imposta pelo governo, e a publicação do artigo provoca acesas reacções na opinião pública. no rescaldo da convulsão, cinzas é encontrado em coma numa rua de lisboa, talvez brutalizado por defender o malfadado artigo. também o jovem jornalista, nosso narrador, se encontra a braços com uma situação pessoal e profissional precária e se interroga sobre o que existirá por trás do mito para provocar tamanhos ódios e paixões. ? então que decide investigar a vida e a morte de eufémia, procurando decifrar o nevoeiro que envolve os mitos e os mártires de que a história sempre se apodera. inculto da dimensão da ditadura que sufocou o país antes do 25 de abril, o que descobre no caminho é bem diferente do que esperava.
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